quinta-feira, 28 de abril de 2011

Aham cláudia, senta lá!





Parece meio tosco esse post, afinal de contas parece que o mato da desilusão tomou conta do meu blog. Não, não me esqueci do blog não, apenas não tenho mais aquela disposição para escrever sobre os devaneios da vida privada (que no caso da minha, e, diga-se de passagem um tanto sonhadora). Mas esse texto veio de um insight após ler um post de um amigo das redes sociais que dizia: “ é pouco banco pra tanta Cláudia”. Parece insonso tentar traçar um paralelo real a essa imagem um tanto cômica que virou hit da internet.


Há alguns dias eu venho em constantes desilusões e choques existenciais. Já tentei falar com Deus , não resolveu, falei com outras entidades, elas apenas me pediram calma. A grande sacada disso é o fato de ser um Humano, que precisa estar bem com si mesmo para poder se projetar nos outros aquilo que mais precisa e procura. Mesmo elas me dizendo que eu estava com uma espécie de faixa que tapava meus olhos e não me deixavam ver aquilo de bom que a vida me dava de presente. Mas eu me perguntei depois, como ver aquilo que nunca tive, ou mesmo tive, mas não consegui ver? Será que essa faixa me persegue desde a minha existência e eu não percebi?


Após dia desses, depois de muita reflexão eu consegui entender o valor simbólico dessa faixa. Ela hoje tem um sentido: MEDO. Eu tenho medo de muitas coisas. E porque não teria? Eu estou andando sozinho.... Não entendendo nada do que acontece e muito menos o que não acontece.


Não satisfeito voltei a questionar a entidade e ela me pediu calma, que as coisas se ajeitariam na hora certa... Ela não me alertou que a hora certa é a hora de Deus e não a minha.... Estou “em paciência”....


Ainda sinto uma angústia tremenda tomando conta de mim. Meu desejo maior era que o mundo me deixasse quietinho dentro da minha zona de segurança chamada: Meu quarto. Ele sim é um companheiro. Ele sabe a minha verdadeira identidade a qual ninguém conhece. Nele eu choro, faço juras de amor não correspondidas, brinco, dou risadas como uma criança. Ele já presenciou coisas da minha maior intimidade: SEXO. Pois é, mas ultimamente ele apenas me vê triste, leviano com algumas pessoas. Ele já me viu pedir a morte ao contrário dessa dor que vem sem avisar.


Quando li o post dessa pessoa me remeti a meus últimos tempo. Eu me sinto a pequena Claudia que apela por uns míseros segundos de atenção, que tenta mostrar algo de muito importante na minha vida que esta acontecendo. E que talvez eu precise que alguém pegue na minha mão e me ajude. Mas, quando eu chego pras pessoas que mais amo ou mesmo “admiro” suas reações são similares a da XUXA que simplesmente de maneira rápida ou mesmo de forma de descaso, olham e acreditam ser uma coisa “atoa” e sem um pingo de valor, e em forma de desdém lançam: “Ahãn Cáudia, senta lá”, como se aquilo fosse mais uma coisa que tentasse atrapalhar o caminhar da vida, ou mesmo um sentimento de: FODA-SE, se vira.. bem vindo a vida adulta!


Isso dói. Às vezes sou uma criança pedindo socorro a um adulto que não entende a minha linguagem e me deixa cair sozinho sem ao menos um pingo de compaixão. Porque aquelas pessoas, sempre me pedem atenção e eu os dou e quando eu preciso... elas fazem como a apresentadora faz com a criança. Talvez seja esse o motivo da minha introspecção, cansei de encher o saco das pessoas!


Por isso, eu percebi que há duas saídas. Ou eu me viro e tento mudar sozinho mesmo me machucando muito, ou eu me fecho ainda mais e curto a minha devida solidão. Já desejei muito ter um namorado. Hoje me repudia a ideia de ter alguém com quem fazer juras de amor ou ficar horas no telefone jogando conversa fora a fim de sanar um pouco a saudade. Já ouve um tempo que eu desejava transar com o carinha gatim que me enfeitiçou com seu jeito safadinho. Agora eu o vejo e sinto nojo dele e de pensar numa nova transa.


O mais estranho disso é que esses sentimentos oscilam muito. Agora posso estar com nojo, amanha a carência pode me bater de forma arrebatadora. Isso já ocorreu, e o que aconteceu? A dor foi tão grande do vazio que meu próprio Ego, mesmo estando em profunda angústia, arrumou jeito de me polpar....


É, sei que não estou bem. Que ando me machucando ainda mais pouco a pouco. Não culpo meus amigos por nada, nem tão pouco o fato de não perceberem esse meu estranhamento. Até porque eles precisam preocupar muito mais com seus problemas aos quais são bem mais graves que os meus. Uma vez que eu sou uma criança mimada que não aprendeu a hora certa de falar. Relaxem pessoas, a todo o momento eu estarei feliz, rindo, brincando. Dos meus problemas esses será o último post. Serei aquilo que as pessoas mais precisam: Psicoamigos da alegria. E o meu caso.... Um dia eu resolvo ao meu jeito, que poucos conhecem.


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